Citado pela CNBC, Kellogg disse que os interesses da Europa vão ser levados em conta, mas ela própria pode não estar presente na mesa de negociações.
"O que não queremos fazer é entrar em uma discussão de um grupo grande", disse ele.
O enviado especial também acrescentou que os EUA ainda não estão prontos para delinear os requisitos para fornecer garantias de segurança à Ucrânia dentro da estrutura das negociações.
Os políticos europeus têm exigido repetidamente que sejam incluídos nas negociações sobre a situação na Ucrânia:
A ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, disse na quinta-feira (13) que uma solução pacífica para o conflito deve incluir os europeus;
O candidato a chefe do governo alemão, Friedrich Merz, classificou hoje (15) como inaceitáveis as negociações sobre a Ucrânia entre a Rússia e os EUA sem a participação da União Europeia e de Kiev;
O ministro das Relações Exteriores e vice-primeiro-ministro italiano, Antonio Tajani, também disse que a Europa não deve desempenhar um papel secundário em possíveis negociações.
Os presidentes da Rússia e dos EUA, Vladimir Putin e Donald Trump, tiveram uma conversa telefônica que durou quase uma hora e meia na quarta-feira (12), discutindo, entre outras coisas, a solução da crise ucraniana.
Ao mesmo tempo, nem o Kremlin nem a Casa Branca, após a conversa entre Putin e Trump, mencionaram qualquer papel para a Europa ou a Ucrânia em futuras negociações.