Segundo o veículo de comunicação, a proposta prevê a formação de um comitê para Gaza no qual não haveria representação de nenhum integrante do Hamas. O futuro do movimento palestino permanece indefinido, o que poderia representar um obstáculo para a aprovação da proposta por parte de Israel.
O jornal britânico destacou que os estados árabes —principalmente os Emirados Árabes Unidos e o Catar— estão preparando ofertas econômicas para financiar a reconstrução do enclave, com a condição de que os cidadãos palestinos tenham o direito de permanecer em Gaza e não sejam forçados a se deslocar para o Egito ou a Jordânia.
A reconstrução do enclave, que foi devastado pelos ataques de Tel Aviv, pode levar entre três e cinco anos, já que 65% das propriedades foram destruídas, estimou o jornal.
Em 27 de fevereiro, será realizada uma cúpula árabe na qual será analisada uma alternativa ao plano de Donald Trump para a Faixa de Gaza, e partes do plano poderão ser reveladas.
A Arábia Saudita não pediu explicitamente que o Hamas seja excluído do processo de reconstrução ou da governança do enclave, embora Anwar Gargash, alto assessor diplomático árabe, tenha elogiado o apelo de Ahmed Aboul Gheit, secretário-geral da Liga Árabe, para que o Hamas renuncie à administração do território.
O secretário-geral da Liga Árabe também considerou que a proposta dos Estados Unidos de realocar os aproximadamente 2 milhões de palestinos de Gaza poderia levar a região a um ciclo de crises. "Isso é inaceitável para o mundo árabe, que lutou contra essa ideia por 100 anos", acrescentou.
Desde 19 de janeiro, Israel e o Hamas vêm implementando um segundo acordo para cessar fogo em Gaza e libertar reféns em troca de prisioneiros palestinos. Seis trocas já ocorreram, nas quais Israel garantiu a libertação de 21 reféns israelenses e cinco cidadãos tailandeses.
Mais de mil prisioneiros palestinos foram libertados de prisões israelenses. Grupos palestinos continuam mantendo 73 reféns israelenses na Faixa de Gaza, incluindo os mortos.