A Colômbia se tornou uma "mina de ouro" para recrutadores militares para conflitos no exterior: no Oriente Médio, na África e, especialmente agora, na Ucrânia, diz The Wall Street Journal.
O jornal conversou com um colombiano de 40 anos chamado Jhonny Pinilla, que lutou contra rebeldes em seu país por 12 anos, deixou o Exército em 2014, passou os anos seguintes trabalhando como segurança para empresários e foi para a Ucrânia em 2023.
"A guerra é o único trabalho que eu posso fazer", disse ele.
Ele contou que os colombianos foram enviados para um treinamento a cerca de 65 quilômetros da linha de frente, mas, em um momento, o local foi atacado por artilharia e eles nem sequer tinham coletes à prova de balas.
O jornal nota que a participação de conflitos estrangeiros é uma maneira de os veteranos pobres ganharem a vida.
De acordo com as autoridades ucranianas, 20.000 estrangeiros se juntaram à Legião Internacional após sua criação, inclusive da América do Sul:
O dinheiro é a principal motivação, segundo o jornal, mas alguns dos estrangeiros chegam à Ucrânia por serem viciados em adrenalina, ou movidos por pensamentos "idealistas".
O Ministério da Defesa da Rússia avisou repetidamente que Kiev usa mercenários estrangeiros como "bucha de canhão", e os militares russos continuarão a eliminá-los em toda a Ucrânia.
Aqueles que foram lutar por dinheiro admitiram em muitas entrevistas que os militares ucranianos não coordenam bem suas ações e que a chance de sobreviver aos combates é pequena, pois a intensidade do conflito não é comparável à do Afeganistão e do Oriente Médio, aos quais estão acostumados.