Ciência e sociedade

Novo motor desenvolvido pela Rosatom pode levar foguete a Marte em 30 dias

Protótipo de motor elétrico de plasma desenvolvido pela empresa russa Rosatom tem capacidade de encurtar significativamente as viagens até Marte. Tecnologia usa propelentes para gerar impulso imediato.
Sputnik
A gigante estatal russa da área de energia Rosatom anunciou nesta quinta-feira (20) os primeiros detalhes sobre uma tecnologia que pode revolucionar o campo espacial: um protótipo de motor feito a plasma que permitirá levar um foguete a Marte em tempo recorde.

"Hoje, uma viagem a Marte leva quase um ano, expondo os astronautas a altos níveis de radiação cósmica. Motores de plasma podem reduzir esse tempo para 30 a 60 dias, tornando possíveis missões de ida e volta significativamente mais seguras", destacou o vice-diretor de ciência do Instituto de Pesquisa da Rosatom, Aleksei Voronov.

Conforme a companhia, o motor pode alcançar 300 kW de potência média, nível muito superior ao encontrado nas tecnologias espaciais da atualidade. "Em unidades de energia tradicionais, a velocidade máxima do fluxo de matéria é de cerca de 4,5 quilômetros por segundo [km/s], o que é limitado pela combustão do combustível. Em nosso motor, as partículas carregadas são aceleradas por um campo eletromagnético, o que permite velocidades muito maiores", acrescentou o especialista.
Com impulso de mais de 100 km/s, o motor tem eficiência de combustível até dez vezes superior ao encontrado nos motores convencionais usados atualmente. A tecnologia utilizada é estudada há décadas pela empresa russa e coloca o país em posição privilegiada na corrida pela exploração espacial.
Os testes em campo já foram iniciados para validar a eficiência do motor em missões interplanetárias. "Caso a tecnologia se prove eficaz, poderá ser integrada a rebocadores espaciais nucleares, espaçonaves para a exploração do espaço profundo e, até mesmo, missões tripuladas para Marte", informou a Rosatom.
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Pedidos internacionais da Rosatom em 2024 atingem US$ 200 bilhões

Dados apresentados pela companhia russa na última semana mostram que a Rosatom registrou um volume de pedidos internacionais superior a US$ 200 bilhões (R$ 1,1 trilhão) no ano passado. Só com exportações, o faturamento em 2024 chegou a US$ 18 bilhões (R$ 102,6 bilhões), principalmente por conta da construção de usinas nucleares e do fornecimento de tecnologia. Entre os projetos em andamento estão estruturas na Turquia, na China, no Egito, na Hungria, na Índia e em Bangladesh.
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