Cidadãos alemães vão às urnas neste domingo (23) para definir o novo chanceler do país e os novos 630 deputados que vão compor o Bundestag, a câmara baixa do Parlamento alemão, no próximo governo.
No total, disputam o parlamento 4.506 deputados, de 29 partidos. Já para o cargo de chanceler, os principais partidos na disputa são: o CDU/CSU (União Democrata Cristã), partido de centro-direita da ex-chanceler Angela Merkel, atualmente liderado por Friedrich Merz; o AfD (Alternativa para a Alemanha), da direita, liderado por Alice Weidel; o SPD, de centro-esquerda, do atual chanceler Olaf Scholz; e os Verdes, de centro-esquerda, liderados por Robert Habeck.
Segundo as últimas pesquisas, Merz lidera a disputa, com 29,4% das intenções de voto, seguido por Weidel, com 20,4%, percentual considerado o melhor já alcançado pela AfD. Em terceiro lugar, está Scholz, com 15,4%, seguido de Habeck, com 13%.
As pesquisas apontam a vitória de Merz, que mesmo que saia vitorioso ainda vai precisar de uma coalizão para governar, que exigirá pelo menos 316 dos 630 assentos do parlamento.
As eleições ocorrem em um momento crítico para a Alemanha na política e na economia. Antes carro-chefe da economia europeia, a Alemanha viu sua participação na economia global cair para um mínimo recorde 3,08% em 2024. A queda é resultado da crise econômica que abala o país. Em dezembro, Scholz recebeu uma moção de desconfiança do Bundestag, que levou à dissolução do parlamento e antecipação das eleições.
As eleições são marcadas por temas como a imigração e a economia. Em uma pesquisa recente, feita pelo instituto alemão ARD-DeutschlandTrend, a imigração foi apontada por 37% dos entrevistados como o maior problema a ser enfrentado pelo próximo chanceler. Em segundo lugar, ficou a economia, apontada por 34%, enquanto 13% apontaram a questão climática. A expectativa é que os resultados do pleito sejam divulgados ainda neste domingo.