Segundo um novo estudo liderado por Glynn J.C. Davis e John Pearce, em colaboração com especialistas em arqueologia, epigrafia e análise isotópica, o Vaso de Colchester é mais do que apenas um artefato decorativo, ele teria sido encomendado para documentar um evento de combate real ocorrido na cidade.
As últimas descobertas da equipe de pesquisa destacam a importância do vaso como um registro vital dos jogos de gladiadores na Britânia do período romano, mostrando as conexões entre a cultura local, a influência militar e os artistas que cativaram o público.
Entre os nomes inscritos no vaso está Memnon, um gladiador que lutava contra combatentes que usavam redes e tridentes. Memnon, possivelmente um nome artístico, participou de pelo menos nove combates, indicando uma carreira notável no entretenimento romano.
Outro nome na inscrição é Valentinus, ligado à Legio XXX Ulpia Victrix (uma legião do exército imperial romano), estacionada na atual Alemanha. A ausência de combates registrados de Valentinus sugere que ele era um gladiador novato, ainda começando sua jornada na arena.
Pesquisas recentes indicam que a inscrição do vaso foi feita antes de ser colocado no forno, sugerindo a habilidade do artesão envolvido em sua confecção.
Usado como urna de cremação para um homem não local com mais de 40 anos, o Vaso de Colchester é uma prova da existência de espetáculos romanos na cidade. Outras descobertas incluem fragmentos de pinturas murais com gladiadores e um cabo de faca com uma figura de gladiador.
Embora nenhum anfiteatro tenha sido descoberto em Colchester, a existência de um circo romano reforça a ideia de que a cidade era um centro de entretenimento público, com laços comerciais e militares facilitando o movimento de gladiadores e animais para eventos.