Nenhum dos cinco membros permanentes do conselho (EUA, Rússia, China, Reino Unido e França) e dos dez rotativos votaram contra a resolução.
Os autores do documento "expressam pesar pela trágica perda de vidas no conflito entre a Federação da Rússia e a Ucrânia", além de afirmar que o principal objetivo da Organização das Nações Unidas (ONU) "é a manutenção da paz e segurança internacionais, bem como a resolução pacífica de disputas". Por fim, o texto pede "enfaticamente" a cessação imediata do conflito e o estabelecimento de uma paz duradoura entre Ucrânia e Rússia.
A resolução foi aprovada em sua versão original, e as emendas apresentadas por países ocidentais com retórica antirrussa foram rejeitadas durante a votação.
A vice-embaixadora dos EUA na ONU, Dorothy Camille Shea, ressaltou que a resolução não é "um acordo de paz", mas "um caminho para a paz". Já o embaixador russo na ONU, Vasily Nebenzya, destacou como significativo e um avanço na direção certa o documento apresentado pelos EUA.
"Com relação ao projeto de resolução norte-americano sobre a crise ucraniana, de modo geral, consideramos uma iniciativa de bom senso, um passo na direção certa, que reflete a vontade da nova administração da Casa Branca de realmente contribuir para a resolução pacífica do conflito", declarou Nebenzya durante a reunião.
Recentemente, em Riad, foram realizadas conversas russo-americanas de alto nível. Como resultado, as partes concordaram em criar as condições para a restauração completa da parceria bilateral, remover restrições às operações das embaixadas e lançar o processo de encerramento do conflito na Ucrânia.
Por sua vez, o presidente russo, Vladimir Putin, elogiou as conversas que teve com seu homólogo estadunidense, Donald Trump, e destacou que elas tiveram bons resultados.
Operação militar especial
A Rússia lançou uma operação militar especial na Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022. O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que o objetivo da ação era "proteger pessoas submetidas a abusos e genocídio pelo regime de Kiev por oito anos".
Segundo Putin, a Rússia vem tentando chegar a um acordo com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) sobre os princípios de segurança na Europa há 30 anos, mas em resposta encontrou enganos e mentiras cínicas ou tentativas de pressão e chantagem, enquanto a aliança, apesar dos protestos de Moscou, está se expandindo constantemente e se aproximando das fronteiras russas.