O acordo proposto daria a Washington uma parte das receitas de recursos da Ucrânia. Uma revisão importante no último rascunho remove uma exigência anterior para que a Ucrânia se comprometesse a dar aos EUA US$ 500 bilhões (cerca de R$ 2,8 trilhões) em receitas com vendas de petróleo, gás e minerais.
Segundo a apuração, quatro pessoas informadas sobre o acordo que falaram sob condição de anonimato disseram que os termos não incluíam as garantias de segurança que a Ucrânia vinha solicitando. Duas das pessoas, no entanto, disseram que as negociações ainda estavam em andamento na noite de ontem e que, por isso, os termos do acordo ainda poderiam ser modificados.
Na segunda-feira (24), o presidente dos EUA, Donald Trump, disse que o acordo estava sendo trabalhado e que a Ucrânia estava muito perto de um acordo final. A vice-primeira-ministra ucraniana Olga Stefanishina disse em sua conta no X que as equipes ucraniana e dos EUA estavam "nos estágios finais" das negociações e garantiram a Washington o compromisso de Kiev de concluir as negociações e prosseguir com a assinatura.
No dia 3 de fevereiro, Trump disse que os EUA esperavam que a Ucrânia fornecesse acesso às suas terras raras em troca de assistência financeira e militar. No dia 14 de fevereiro, o The Washington Post relatou que os negociadores dos EUA sugeriram na reunião com o líder ucraniano Vladimir Zelensky em Munique que ele assinasse um documento que transferiria os direitos de 50% dos recursos minerais ainda não extraídos da Ucrânia para os EUA. Zelensky disse que havia rejeitado o acordo, argumentando que não era do interesse da Ucrânia.