"Todos nós vemos o quão rápido a situação no mundo está mudando. A esse respeito, gostaria de observar que os primeiros contatos com a nova administração dos EUA inspiram alguma esperança", disse Putin em uma reunião estendida de altos funcionários do Serviço Federal de Segurança (FSB).
Putin enfatizou que ambos os países estão determinados a restaurar as relações e a "resolver gradualmente o enorme volume de problemas estratégicos e sistêmicos acumulados na arquitetura mundial". Foram esses problemas, insistiu o presidente russo, que causaram tanto a crise ucraniana quanto outras crises regionais na época.
"É importante que nossos parceiros hoje mostrem pragmatismo, uma visão realista das coisas, abandonem muitos estereótipos, supostas regras e clichês ideológicos messiânicos de seus antecessores, que levaram à crise de todo o sistema de relações internacionais", acrescentou o chefe de Estado.
As delegações da Rússia e dos EUA se reuniram na cidade turca de Istambul para discutir as relações bilaterais entre as duas potências e a normalização do funcionamento de suas embaixadas. Ao anunciar a reunião, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, enfatizou que seu resultado vai determinar até onde os dois países podem avançar na solução de seus problemas.
No dia 18 de fevereiro, delegações oficiais da Rússia e dos Estados Unidos se reuniram pela primeira vez em muito tempo na capital saudita, Riad, para buscar a normalização das relações bilaterais, organizar a primeira cúpula entre Putin e seu homólogo norte-americano Donald Trump e facilitar possíveis negociações para resolver o conflito ucraniano.