Panorama internacional

Empresa dos EUA comprará portos do Panamá de companhia chinesa em meio às tensões, reporta mídia

A empresa de investimentos dos EUA BlackRock está adquirindo dois portos no Panamá que atualmente são de propriedade de uma empresa de Hong Kong e que se tornaram um ponto de discórdia entre os Estados Unidos e o país centro-americano, informou o The New York Times nesta terça-feira (4).
Sputnik
O presidente dos EUA, Donald Trump, disse em seu discurso de posse em 20 de janeiro que queria que os EUA recuperassem o controle do Canal do Panamá, que ele disse ter sido entregue ao Panamá mas, supostamente, era operado pela China.
Boris Moreno, vice-presidente de operações do Canal do Panamá, disse à Sputnik que as alegações de Trump estão relacionadas às operações dos dois portos administrados pela Hutchinson Ports, sediada em Hong Kong, parte da CK Hutchison Holdings.
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De acordo com o jornal, a gigante dos investimentos concordou em comprar os dois portos em ambas as extremidades do Canal do Panamá, bem como mais de 40 outros, em outras localidades, da CK Hutchison Holdings pelo preço de aproximadamente US$ 19 bilhões.
A Panama Ports Company, uma subsidiária da CK Hutchison Holdings, atualmente administra o porto de Cristobal, no lado Atlântico do canal, e o porto de Balboa, no lado Pacífico. A concessão foi emitida em 1997 e automaticamente estendida em 2021 por mais 25 anos.

Imbróglio

Segundo especialista ouvido pela Sputnik, Trump tenta forçar o pequeno país, por meio do medo e da chantagem, a ceder aos EUA o controle do canal do Panamá, que liga os oceanos Atlântico e Pacífico. Desde dezembro de 1999, a estrutura é gerida localmente por conta dos Tratados Torrijos-Carter.
Os acordos, assinados em 7 de setembro de 1977 pelos presidentes Omar Torrijos e Jimmy Carter, garantiram também a devolução da faixa de território ao longo da via, então ocupada pelos EUA desde 1904, e a retirada das 14 bases militares que o país norte-americano mantinha na antiga Zona do Canal do Panamá.
Para o analista, Trump representa interesses que desejam não apenas retomar o controle do canal, mas também reinstalar a presença militar no Panamá, começando pela província de Darién, na fronteira com a Colômbia.
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