Panorama internacional

Presidente panamenho desmente afirmações de Trump sobre início da recuperação do canal do Panamá

O presidente panamenho, José Raúl Mulino, declarou nesta quarta-feira (5) que seu homólogo dos Estados Unidos, Donald Trump, mente ao afirmar que já começou o processo de recuperação do Canal do Panamá.
Sputnik

"Mais uma vez, o presidente Trump mente. O canal do Panamá não está em processo de recuperação, e muito menos essa é uma tarefa que tenha sido discutida em nossas conversas com o secretário [de Estado, Marco] Rubio, nem com qualquer outro", expressou o mandatário em sua conta na rede social X.

Em sua declaração, Mulino afirmou que, em nome do Panamá e de todos os panamenhos, rejeita o que classificou como "nova afronta à verdade e à dignidade" da nação. Ele ressaltou que as conversas bilaterais mantidas até agora com os Estados Unidos trataram exclusivamente de cooperação em assuntos de interesse mútuo.

"Nada tem a ver com a 'recuperação do canal' nem com manchar nossa soberania nacional. O canal é panamenho e continuará sendo panamenho!", enfatizou.

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Em sua primeira mensagem à nação perante o Congresso, Trump reafirmou a decisão de "recuperar" o canal que liga os oceanos Atlântico e Pacífico, devolvido ao Panamá em 31 de dezembro de 1999, em cumprimento dos Tratados Torrijos-Carter.

"Para melhorar nossa segurança nacional, minha administração vai recuperar o canal, e já começamos a fazer isso", afirmou Trump em seu discurso, além de repetir acusações de que a hidrovia havia sido entregue ao controle da China, uma versão desmentida tanto pelo Panamá quanto pela nação asiática.

A posição de Trump foi defendida por Rubio durante sua visita ao país entre 1º e 3 de fevereiro, após a qual o Departamento de Estado norte-americano anunciou que o governo panamenho havia autorizado a passagem gratuita de navios estadunidenses, uma afirmação negada imediatamente pelo Executivo de Mulino.
Desde dezembro de 1999 a estrutura é gerida localmente. Os acordos, assinados em 7 de setembro de 1977 pelos presidentes Omar Torrijos e Jimmy Carter, garantiram também a devolução da faixa de território ao longo da via, então ocupada pelos EUA desde 1904, e a retirada das 14 bases militares que o país norte-americano mantinha na antiga Zona do Canal do Panamá.
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