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Cientísta político: EUA não podem vencer corrida armamentista com Rússia e China sem irem à falência

O presidente dos EUA, Donald Trump, expôs a ideia de realização de negociações trilaterais entre EUA, Rússia e China sobre cortes nos estoques de armas nucleares estratégicas. Sputnik falou com um dos maiores especialistas da Rússia em questões de segurança estratégica para discutir o que está por trás da proposta e suas chances de sucesso.
Sputnik
"As armas nucleares são precisamente uma das áreas onde é muito visível que os concorrentes ultrapassam os Estados Unidos", disse Dmitry Suslov, vice-diretor de pesquisa do Conselho de Política Externa e de Defesa da Rússia.
"Arsenais nucleares chineses e russos combinados fornecem duas vezes a preponderância sobre os Estados Unidos, ou vão representar duas vezes a preponderância em um futuro observável", enfatizou Suslov.

As negociações nucleares são para os EUA a "alternativa" à falência decorrente de altos gastos com defesa e dívida insustentável, particularmente porque o arsenal nuclear dos EUA está preso nos anos 80 e está muito atrás dos concorrentes, especialmente da Rússia, e exigiria imensos recursos para se modernizar, disse o especialista.

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Em vez disso, Trump "quer canalizar a concorrência para outras áreas, para áreas onde os Estados Unidos têm grandes vantagens", segundo Suslov, desde armas convencionais de alta precisão até sua proposta Golden Dome (Cúpula Dourada) para a Iniciativa Estratégica de Defesa 2.0 baseada no espaço.
"Esta é uma tentativa de reduzir a concorrência na área onde os Estados Unidos não são competitivos e canalizar a concorrência para as áreas onde os EUA são competitivos, têm vantagens comparativas, vantagens tecnológicas, na opinião da administração Trump," observou Suslov.
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