O líder sírio pediu paz após centenas de mortes em um dos surtos de violência mais mortais em 13 anos de guerra civil, envolvendo militantes leais ao presidente deposto Bashar al-Assad e os novos governantes islâmicos do país. Os confrontos, que já mataram 1.000 pessoas, a maioria civis, continuaram pelo quarto dia consecutivo.
De acordo com a Reuters, uma fonte de segurança síria informou que o ritmo dos combates diminuiu nas cidades de Latakia, Jabla e Baniyas, enquanto as forças vasculhavam áreas montanhosas ao redor, onde cerca de 5.000 insurgentes pró-Assad estavam escondidos. O presidente interino Sharaa pediu aos sírios que não deixassem as tensões sectárias desestabilizarem ainda mais o país.
Al-Sharaa, em um vídeo divulgado pela mídia internacional, falou em uma mesquita em seu bairro de infância, Mazzah, em Damasco, pedindo a preservação da unidade nacional e da paz no país. Ele afirmou que a Síria pode sobreviver e que os desafios atuais estão dentro do esperado.
Desde a derrubada do ex-presidente Bashar al-Assad na Síria, no final do ano passado, e a transferência de poder para a oposição, Israel renegou os acordos de retirada do país vizinho, expandiu seu controle sobre as regiões do sul, exigindo sua desmilitarização e prometendo proteger a população drusa local, além de bombardear regularmente depósitos de armas e outras instalações militares.
O atual líder sírio Ahmed al-Sharaa, nomeado presidente para um período de transição, mais de sete semanas após liderar a ofensiva rebelde que derrubou o ex-presidente sírio Bashar al-Assad em dezembro, tentou tranquilizar a comunidade internacional. Nas declarações, garantiu que governaria com moderação e priorizaria a proteção das minorias.