"Acho que eles vão assinar o acordo de minerais. Mas queremos que eles façam isso, quero que eles queiram paz, certo? Eles não mostraram isso no grau em que deveriam ter mostrado agora. Não acho que eles mostraram isso agora, mas acho que eles vão, e acho que isso ficará aparente nos próximos dois ou três dias", disse Trump.
A Casa Branca confirmou anteriormente que as consultas com ambos os lados do conflito continuavam, com uma nova reunião sobre questões de paz planejada para esta semana na Arábia Saudita. O Departamento de Defesa dos EUA disse à Sputnik que havia recebido ordens de suspender toda a ajuda à Ucrânia a partir de 4 de março.
Um porta-voz do Pentágono informou à agência que a decisão de interromper as entregas de armas também se aplica às armas que estavam a caminho da Ucrânia.
Trump e o líder ucraniano Vladimir Zelensky tiveram uma conversa tensa na Casa Branca em 28 de fevereiro, quando estava prevista a assinatura de um acordo sobre o desenvolvimento conjunto de recursos minerais ucranianos. O líder americano exigiu que o chefe do regime de Kiev concordasse com um cessar-fogo e parasse de criticar o presidente russo, Vladimir Putin.
O vice-presidente dos EUA, J.D. Vance, chamou Zelensky de agitador ingrato dos democratas quando ele começou a justificar suas ações, culpar a Rússia e até ameaçar os Estados Unidos de que eles sentiriam as consequências do conflito, mesmo estando separados por um oceano. Como resultado, a delegação ucraniana foi convidada a deixar a Casa Branca, e o acordo não foi assinado.
Boas expectativas para negociações na Arábia Saudita
"Vamos ter um bom resultado na Arábia Saudita. Acho que a Ucrânia vai se sair bem, a Rússia vai se sair bem. Algumas coisas muito importantes podem acontecer esta semana", disse ele.
Ele acrescentou que Kiev provavelmente assinará o acordo de recursos, mas é necessário que a Ucrânia "queira a paz".
Economia nacional em "período de transição"?
O presidente dos EUA minimizou as preocupações de analistas sobre o impacto na economia de sua política tarifária e das demissões na Administração pública e afirmou que há "um período de transição".
"O que estamos fazendo é muito grande. Estamos trazendo a riqueza de volta para os EUA. Isso é algo importante. E por isso leva tempo", disse Trump, que também questionou aqueles que têm uma visão de curto prazo da economia, contrastando-a com as políticas de planejamento da China.
"Se você olhar para a China, eles têm uma perspectiva [de sua economia] a 100 anos. Nós [nos EUA] só consideramos os trimestres, e assim não funciona. É preciso fazer o que será mais correto", afirmou.