Antes, de perfil e discurso considerados muito ideológicos, Hoffmann assume o papel de conciliação com o Congresso, o que deve ser um dos desafios da petista a partir de agora, segundo auxiliares do Planalto.
"Chego para colaborar com todos os ministros e ministras que coordenam suas respectivas áreas, respeitando os espaços e as competências de cada um e cada uma, sob a liderança do presidente Lula. Tenho plena consciência do meu papel, que é da articulação política", disse a nova ministra.
Padilha, que acaba de assumir a Saúde, diz que chega com uma obsessão de diminuir o tempo de espera na fila do Sistema Único de Saúde (SUS).
"Chego ao ministério da saúde com uma obsessão: reduzir o tempo de espera para quem precisa de atendimento especializado no nosso país. Todos os dias vou trabalhar para buscar maior acesso e menor tempo de espera para quem precisa", afirmou Padilha.
Quem é Hoffmann?
Gleisi Hoffmann é paranaense e, no primeiro mandato do presidente Lula, assumiu a diretoria financeira da usina hidrelétrica Itaipu Binacional. Em 2011, a petista foi eleita senadora, sendo a primeira mulher paranaense eleita ao cargo, no qual ficou até 2014, quando se licenciou para assumir o Ministério da Casa Civil no governo de Dilma Rousseff.
Em junho de 2017, foi eleita presidente nacional do PT. Neste ano, o partido deve ter novas eleições para escolher uma nova liderança. A alçada de Gleisi ao ministério coincidiu com o fim de seu mandato à frente do PT.
Em 2018, Hoffmann foi eleita deputada federal, sendo reeleita em 2022 para um segundo mandato na Câmara Federal.
Quem é Padilha?
Médico infectologista pela Universidade de São Paulo (USP), Alexandre Padilha foi reeleito deputado federal em São Paulo pelo PT nas últimas eleições. Entre 2009 e 2010, chefiou a pasta das Relações Institucionais no segundo mandato do presidente Lula.
Já no primeiro mandato da ex-presidente Dilma Rousseff, entre 2011 e 2014, Padilha esteve à frente do Ministério da Saúde. Na época, foi responsável pela implementação do programa Mais Médicos, cujo objetivo era acabar com a falta de profissionais em unidades de saúde localizadas no interior do Brasil e nas periferias das grandes cidades. Em 2019, no início da gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o programa foi encerrado.
Na gestão do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, Padilha também assumiu as pastas das Relações Institucionais e da Saúde.