"Revogaremos os vistos e/ou green cards [residência permanente] dos apoiadores do Hamas nos Estados Unidos para que eles possam ser deportados", disse Rubio na rede social X.
Em sua mensagem, o principal diplomata dos EUA anexou um link para uma notícia sobre a prisão de um estudante palestino, recém-formado pela Universidade de Columbia, em Nova York, que estava organizando protestos no campus contra as ações do governo israelense na Faixa de Gaza após os ataques do Hamas em outubro de 2023.
Os comentários de Rubio geraram críticas de muitos ativistas pró-palestinos e de direitos humanos, bem como de políticos dos EUA, incluindo a representante democrata Pramila Jayapal, que chamou a medida de "inaceitável".
No final de janeiro, o presidente dos EUA, Donald Trump, assinou uma ordem executiva que visa "combater o antissemitismo" e que prevê, entre outras coisas, a possível expulsão de estrangeiros envolvidos em protestos pró-Palestina.
O documento compartilhado pela Casa Branca estabelece que os Departamentos de Educação, Estado e Segurança Interna emitirão recomendações para familiarizar as instituições de ensino superior com o monitoramento e possível denúncia de estudantes estrangeiros que participarem dessas manifestações.
"[Isso] visa garantir que tais relatos de estrangeiros levem, conforme apropriado e de acordo com a lei aplicável, a investigações e, se necessário, à adoção de medidas para expulsar tais estrangeiros", diz o boletim.
Inúmeros protestos pró-Palestina foram relatados em campi universitários nos Estados Unidos ao longo de 2024.
Em 7 de outubro de 2023, um ataque coordenado do Hamas a mais de 20 comunidades israelenses resultou em aproximadamente 1.200 mortes, cerca de 5.500 feridos e a captura de 253 reféns, dos quais quase 100 foram posteriormente libertados em trocas de prisioneiros.
Em retaliação, Israel declarou guerra ao Hamas e lançou uma série de bombardeios em Gaza, matando mais de 46.600 pessoas e ferindo mais de 110.000, de acordo com autoridades de saúde do enclave.