"O que havia sido um declínio constante no mercado de ações dos EUA acelerou acentuadamente na segunda-feira [10], à medida que os investidores se afastaram de praticamente todos os riscos", disse a Bloomberg, acrescentando que os preços das criptomoedas também caíram durante o dia e as vendas de títulos corporativos foram suspensas para evitar mais depreciação.
"A negociação de hoje pareceu uma espiral mortal", disse Alon Rosin, chefe de derivativos de ações institucionais da Oppenheimer & Co., à agência de notícias.
Segundo analistas, a razão por trás desse colapso é a incerteza em torno da economia dos EUA e do resto da América do Norte. Nos últimos dias, a desaceleração na criação de empregos nos EUA preocupou os investidores, enquanto a confiança do consumidor no país também caiu drasticamente.
Além disso, o constante vaivém em relação à guerra tarifária lançada pelo presidente Donald Trump e as possíveis repercussões para as empresas locais e o consumo doméstico aumentaram os riscos de uma crise econômica de curto prazo.
Como se isso não bastasse, Trump evitou responder à pergunta sobre se uma recessão econômica seria possível em uma entrevista à Fox News no último domingo (9), limitando-se a dizer que era provável que o país passasse por "um período de transição" devido à magnitude das reformas que está implementando.
No entanto, nem tudo foi má notícia em Wall Street na segunda-feira (10). De acordo com a Bloomberg, "à medida que a carnificina se acumulava", os investidores correram para ações de empresas de energia, bens de consumo básicos e serviços públicos — setores que tendem a se sair bem durante crises.