Os protestos acontecem às quartas-feiras há pelo menos 30 anos no país, mas, desta vez, os manifestantes foram apoiados por torcidas organizadas, organizações sociais, sindicatos e partidos de esquerda.
Durante o confronto, uma idosa foi ferida na cabeça por uma bala de borracha enquanto policiais reprimiam manifestantes que tentavam se aproximar do Parlamento.
Pelo menos sete pessoas foram presas perto do Congresso, segundo a imprensa local, enquanto diversos manifestantes, incluindo jornalistas que permaneceram na área, foram atingidos por sprays de pimenta disparados pela polícia.
As forças de segurança formaram cordões para impedir qualquer avanço do protesto. Alguns indivíduos até mesmo danificaram o calçamento da praça em frente ao Parlamento e jogaram pedras contra os policiais.
Enquanto o Legislativo aprovava a criação de uma comissão investigativa sobre a criptomoeda $Libra, promovida pelo presidente Javier Milei, do lado de fora do Congresso a situação se transformava em uma batalha campal, com as forças de segurança disparando água com canhões contra a linha de frente do protesto.
Torcedores de vários clubes foram às ruas após saberem da repressão sofrida no último protesto, há uma semana, por um torcedor aposentado do Rosário Central.
O Ministério da Segurança da Argentina anunciou na terça-feira (11) que estava preparando um protocolo especial para o protesto dos aposentados convocado para hoje. A ministra da Segurança, Patricia Bullrich, que criou protocolos para enrijecer e dificultar protestos, afirmou que qualquer pessoa considerada perturbadora ou causadora de desordem seria banida dos estádios de futebol em todo o país.