Boris Krasnozhenov, diretor de análise do mercado de títulos do banco russo Alfa-Bank, opinou que a Ucrânia não tem grandes depósitos conhecidos de metais de terras raras.
Entretanto, destacou ele, a Ucrânia tem reservas significativas de titânio, urânio, lítio e vários outros metais que são classificados como recursos minerais críticos.
"Considerando os preços bastante baixos, por exemplo, do lítio, há algumas dúvidas sobre a eficiência do desenvolvimento dos depósitos ucranianos. Os novos projetos de extração de recursos minerais essenciais são bastante intensivos em capital e levam vários anos para serem realizados", especificou.
Outro analista, Leonid Khazanov, especialista industrial independente, concorda com a opinião mencionada acima. Segundo ele, os EUA estão interessados na Ucrânia em lítio, urânio, grafite e titânio. Os investimentos de capital podem ser estimados em até US$ 100 bilhões (R$ 600 bilhões).
Ele acredita que talvez algumas das empresas privadas norte-americanas ligadas ao governo dos Estados Unidos ou a seu establishment de defesa assumam o desenvolvimento de áreas do subsolo.
No entanto, o especialista mencionou alguns fatores que podem criar obstáculos para este tipo de cooperação americano-ucraniana.
"Entre as dificuldades que as empresas americanas podem enfrentar na Ucrânia estão a falta de especialistas necessários, quedas de energia, burocracia excessiva, dificuldades na exportação de matérias-primas por rodovias e ferrovias, sem mencionar as rotas marítimas", concluiu Khazanov.
Ontem (11), o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, disse que o acordo sobre metais de terras raras continua sendo importante e que os líderes dos EUA e da Ucrânia instruíram seus governos a finalizar a assinatura do acordo.