"Trump pode tentar escalar a situação, mas essa pressão é limitada, porque, no que respeita às sanções, já nos impuseram mais do que ao Irã, à Coreia do Norte, a Belarus e à Venezuela. E, nessas condições, a Rússia não estagnará", ressaltou Konstantin Blokhin, pesquisador líder do Centro de Estudos de Segurança da Academia de Ciências da Rússia.
Ele lembrou que é o estilo de Trump exigir o máximo para obter o resultado desejado, mas que ele não deve esperar uma "cruzada" contra Moscou.
Blokhin acrescentou que Trump tem outras prioridades, ele quer pôr fim ao conflito russo-ucraniano, porque o adversário-chave para ele é a China, não a Rússia.
Por sua vez, Sergei Poletaev, analista de informações e cofundador do projeto Vatfor, sublinhou que os EUA têm muito menos influência sobre a Rússia do que sobre a Ucrânia.
Dessa forma, Trump vai continuar a política de sanções do ex-presidente norte-americano Joe Biden sem mudanças significativas, sublinhou Poletaev.
No entanto, enfatizou o especialista, ao contrário de Biden, Trump está tentando resolver o conflito e ter uma conversa séria.
"Trump não está tendo sucesso até o momento e está percebendo agora que não é tão fácil quanto ele pensava que seria. Mas, de qualquer forma, as negociações com Trump ocorrerão em um cenário de hostilidades e podem levar mais de um mês", finalizou.