Ciência e sociedade

Arqueólogos revelam povoado da Idade do Bronze e reescrevem história da África Mediterrânea (FOTOS)

Os arqueólogos revelaram o primeiro assentamento da Idade do Bronze na região do Magreb, no norte da África, desafiando as crenças de longa data de que a área era praticamente desabitada até a chegada dos fenícios, por volta de 800 a.C., relata o portal Arkeonews.
Sputnik
O portal destaca que as escavações em Kach Kouch, no noroeste do Marrocos, descobriram evidências de ocupação humana que datam de 2200 a 600 a.C., o que torna esse local o mais antigo conhecido desse período na África Mediterrânea fora do Egito.
Artefatos de pedra processados
Nota-se que a pesquisa se concentra no sítio de Kach Kouch, uma área de um hectare localizada a seis milhas da costa e 19 milhas (aprox. 31 quilômetros) a sudeste de Tétouan, destacando sua posição estratégica como uma ligação marítima entre o Mediterrâneo e o Atlântico.
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O estudo ressalta a importância do povoado para a compreensão dos complexos desenvolvimentos sociais e políticos no Mediterrâneo ocidental durante esses períodos históricos críticos.
Artefatos de pedra processados
Assim, as escavações em Kach Kouch, no Marrocos, revelaram três fases distintas de ocupação humana do local, lançando luz sobre o período pré-histórico da região:
1.
Fase mais antiga (2200-2000 a.C.): evidências esparsas sugerem atividade humana limitada durante a transição da Idade do Bronze para a Ibéria. Essa fase marca a ocupação inicial, mas carece de detalhes substanciais sobre a estrutura ou a economia do assentamento;
2.
Segunda fase (1300-900 a.C.): esse período viu o surgimento de uma comunidade agrícola estável, marcando a primeira evidência de vida sedentária no Magreb antes da influência fenícia. Artefatos como estruturas de madeira com tijolos de barro, silos cortados em rocha e pedras de moagem indicam uma economia agrícola robusta baseada em cevada, trigo e gado;
3.
Terceira fase (800-600 a.C.): a comunidade se adaptou às influências culturais do Mediterrâneo oriental, incorporando inovações culturais do leste do Mediterrâneo, incluindo cerâmica feita em rodas de oleiro e ferramentas de ferro. Essa fase reflete o envolvimento ativo nas redes de comércio do Mediterrâneo, preservando as tradições locais.
Então, finaliza o artigo, esta descoberta permite corrigir preconceitos históricos e ilustrar a participação ativa do local nos intercâmbios sociais, culturais e econômicos do Mediterrâneo, e os pesquisadores acreditam que o Kach Kouch é apenas o começo da descoberta da rica história da região.
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