"Entretanto, as exigências da Federação da Rússia, que são absolutamente pertinentes no que se refere às necessidades de sua segurança, que é o fim do fornecimento de sistemas de armas e munições à Ucrânia e também o fim da mobilização forçada na Ucrânia, não dependem dos Estados Unidos, mas fundamentalmente de Kiev, que ainda aposta no conflito até o último ucraniano, mesmo diante da derrota em Kursk e da perspectiva de uma ofensiva russa para formar uma zona de amortecimento de segurança na região de Sumy", afirma.
Provocações ucranianas em meio às negociações pela paz
"Não podemos esquecer que essa trégua pode ser desfavorável estrategicamente para a Rússia em termos de segurança, porque continuam as operações de reconhecimento por parte das forças ucranianas na fronteira russa. Hoje tivemos um ataque com cerca de 15 blindados e três tanques em Belgorod, que foi repelido, mas indica uma nova provocação do regime de Kiev […]. É complicado um cessar-fogo sem que as garantias russas sejam devidamente consideradas, e devemos lembrar que grande parte da mídia ocidental só se lembra das garantias ucranianas", resume.
Cooperação entre Rússia e Estados Unidos
"Sempre que nós temos esforços nesse sentido, em que russos e norte-americanos conseguem encontrar pontos de equilíbrio nas suas relações recíprocas, há possibilidade de um mundo mais seguro", finaliza Lier Pires, mencionando também a contribuição do BRICS, do qual a Rússia faz parte, para o fortalecimento da multipolaridade global.