"Como te dói o que eu digo! Você não conseguiu se conter e saiu correndo para postar, deixando todas as digitais marcadas de que foi um pedido seu. Você sozinho não tem capacidade, nem na economia, nem na política", declarou Kirchner nas redes sociais.
O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, anunciou a proibição de entrada em território norte-americano para Cristina Kirchner, seus filhos Máximo e Florencia Kirchner, além do ex-ministro do Planejamento Julio De Vido e sua esposa.
Com ironia, Cristina sugeriu que a medida não poderia estar relacionada a seu envolvimento em um esquema de criptomoedas, em aparente alusão à criptomoeda $Libra, promovida por Milei em fevereiro e que gerou prejuízos milionários para investidores.
"Porque, na verdade, eu não cometi nenhuma criptofraude nos EUA nem em nenhum outro lugar. E minha filha, menos ainda", afirmou.
A ex-presidente também ironizou se seu filho teria "abusado sexualmente de alguma jornalista ou escritora na loja mais cara de Nova York" ou se teria "subornado alguma prostituta norte-americana para que não revelasse que foi contratada, pois isso prejudicaria sua campanha", em uma clara referência ao presidente Donald Trump.
A também ex-vice-presidente associou a proibição ao fato de que o governo de Alberto Fernández venceu as eleições de 2019 mesmo após o Fundo Monetário Internacional (FMI) conceder ao governo anterior de Mauricio Macri (2015-2019) um empréstimo de US$ 45 bilhões (R$ 257 bilhões) para ajudá-lo na campanha.
"E agora? Vão dar mais US$ 20 bilhões [R$ 114,7 bilhões] para o presidente da criptofraude?", questionou, em meio a rumores de que a atual gestão estaria negociando um novo empréstimo com a entidade.
Em novembro, um tribunal argentino de segunda instância confirmou a condenação de Cristina Kirchner a seis anos de prisão e inelegibilidade perpétua por administração fraudulenta, devido a irregularidades na concessão de obras viárias na província de Santa Cruz (sul) durante seu governo.