Panorama internacional

Trump tem opões menos complexas do que saída da OTAN para minar aliança, diz mídia

Donald Trump após discursar na Conservative Political Action Conference, CPAC, no Gaylord National Resort & Convention Center, em Oxon Hill, Maryland. EUA, 22 de fevereiro de 2025
O presidente dos EUA, Donald Trump, pode minar a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) de várias maneiras, mas não precisa deixar a aliança para isso, relata a revista norte-americana Newsweek.
Sputnik
A revista destaca que sair oficialmente do bloco é um processo bastante longo, mas Trump pode destruir a OTAN de outra maneira.

"Temores se espalharam pela Europa sobre a possibilidade de os EUA [...] abandonarem a OTAN. Mas Trump, um notório cético da aliança transatlântica liderada pelos EUA, não precisaria se retirar da OTAN para rompê-la", ressalta a publicação.

Observa-se que é necessário mesmo avisar os outros membros com um ano de antecedência sobre a decisão de deixar o bloco, sem mencionar a necessidade de consultar e obter aprovação de vários comitês do Congresso dos EUA.
Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, durante coletiva de imprensa após cúpula UE-Balcãs Ocidentais, no prédio do Conselho Europeu. Bruxelas, Bélgica, 13 de dezembro de 2023
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Então, continua o artigo, para evitar todas as formalidades, Trump pode simplesmente fazer com que outros Estados-membros questionem o compromisso dos EUA com o Artigo 5 do Tratado de Defesa Coletiva da OTAN.
As tropas dos EUA, parte de uma missão da OTAN para melhorar a defesa da Polônia, se preparam para uma cerimônia oficial de boas-vindas em Orzysz, nordeste da Polônia, 13 de abril de 2017
As tropas dos EUA, parte de uma missão da OTAN para melhorar a defesa da Polônia, se preparam para uma cerimônia oficial de boas-vindas em Orzysz, nordeste da Polônia, 13 de abril de 2017
Segundo a revista, um efeito semelhante seria a redução da presença em larga escala das forças militares dos EUA na Europa, a interrupção da participação nos exercícios da OTAN e a renúncia ao posto de comandante supremo das forças armadas combinadas da OTAN na Europa.

"A confiança que era o cerne do relacionamento já começou a se desgastar", finaliza o artigo, citando Neil Melvin, analista do Instituto Real de Serviços Unidos (RUSI, na sigla em inglês).

Trump criticou repetidamente a Europa por sua baixa contribuição para a capacidade de defesa da OTAN e exigiu que todos os Estados-membros aumentassem os gastos com defesa para 5% do PIB, com o chefe do Pentágono, Pete Hegseth, assegurando que os Estados Unidos ainda não têm planos de reduzir sua presença militar na Europa.
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