O professor destacou que, em meio à guerra comercial iniciada pelos Estados Unidos, a China pode impor essas restrições a qualquer momento, pois, no caso dos metais de terras raras, o país representa 80% da produção mundial, considerando a produção de matérias-primas importadas.
"Se a China impuser novas restrições, provavelmente será sobre os metais de terras raras que são mais caros e usados para produzir ímãs permanentes para turbinas, capacidade de geração de energia eólica, carros elétricos", ressaltou o especialista.
No entanto, continuou o cientista, existem alternativas que diversificam esse nicho, embora sejam atores menores no mercado global de metais de terras raras: por exemplo, Austrália, Mianmar e outros.
Segundo Yakubchuk, a China tem 44 milhões de toneladas de reservas de metais de terras raras, a Rússia – 28,5 milhões e os EUA – 1,8 milhão.
"Os metais de terras raras são 17 elementos da tabela periódica de Mendeleev, sendo os mais caros em termos de comercialização o samário, o neodímio e o hólmio", sublinhou o especialista.
Anteriormente, a China impôs controles de exportação sobre mercadorias relacionadas a vários metais raros, como tungstênio, telúrio, bismuto, molibdênio e índio. Os exportadores de mercadorias relevantes precisarão obter autorização do Departamento de Comércio do Conselho de Estado da República Popular da China.