"Estamos testemunhando o nascimento de uma nova etapa em nossa jornada nacional. A formação de um novo governo hoje é o resultado de nossa vontade comum por um futuro melhor", disse Sharaa, citando a agência de notícias estatal SANA.
O anúncio é feito após três meses no poder e confrontos entre as forças do governo interino e combatentes leais ao ex-presidente Bashar al-Assad, deposto em dezembro de 2024, deixarem centenas de mortos em províncias costeiras do país.
A transição política conta com o cancelamento da Constituição de 2012, a promessa de elaborar nova carta constitucional para o país, dissolução das facções armadas e a criação de um novo exército nacional sírio.
No final de novembro de 2024, formações armadas da oposição síria lançaram uma ofensiva em larga escala nas posições do exército sírio. A oposição armada síria capturou a capital Damasco em 8 de dezembro e o presidente sírio Bashar al-Assad renunciou após manter negociações com participantes do conflito sírio e deixou a Síria com destino à Rússia, onde recebeu asilo.
O Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH) acusam o novo governo de cometer abusos e a Federação de Alauítas na Europa denuncia "limpeza étnica sistemática".