Em São Paulo (SP), a concentração começou na Avenida Paulista e seguiu em marcha até a antiga sede do DOI-Codi, um dos principais centros de tortura da ditadura militar.
O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), um dos organizadores do protesto, afirmou que a mobilização foi maior do que a última manifestação pró-anistia bolsonarista realizada em Copacabana, no Rio de Janeiro (RJ).
Para ele, a adesão ao ato demonstra que a oposição ao PL da Anistia não permitirá que o bolsonarismo domine as ruas sem resistência.
Entre os presentes, o deputado federal Ivan Valente (PSOL) destacou que, apesar de ter sido anistiado após ser preso político na ditadura, a atual conjuntura não pode ser comparada.
Ele discursou que há uma diferença crucial entre lutar contra um regime autoritário e buscar proteger aqueles que tentaram atentar contra a democracia recentemente.
O protesto ocorre poucos dias depois de a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) transformar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e sete aliados em réus por tentativa de golpe de Estado.
Paralelamente, setores da direita continuam organizando manifestações em defesa do PL da Anistia. O maior desses eventos aconteceu em 16 de março, no Rio de Janeiro, reunindo Bolsonaro e seus apoiadores em Copacabana.