Blokhin destacou que Donald Trump percebeu que não era apenas Kiev, mas também os doadores europeus que estavam obstruindo um acordo.
"Suas opiniões sobre a Ucrânia mudaram […]. Ele começou a entender que o principal obstáculo ao processo de paz aqui não é apenas a posição de Kiev, mas também a posição desses doadores financeiros europeus, que odeiam e desprezam Trump e odeiam ainda mais a Rússia", ressaltou o analista.
O especialista lembrou que, antes de assumir o cargo, Trump disse que estava pronto para acabar com o conflito na Ucrânia em 24 horas.
Segundo o interlocutor da Sputnik, agora, o líder americano está tentando retirar os Estados Unidos do conflito, ao mesmo tempo que tenta evitar comparações com a retirada das tropas americanas do Afeganistão sob o comando de seu antecessor, Joe Biden.
"Como você pode salvar sua imagem? Obviamente, obtendo algum tipo de lucro. O lucro pode ser calculado não apenas em dólares, mas também em prestígio político [...]. O único prestígio que Trump pode ganhar é com suas iniciativas de paz", enfatizou.
Pois, continuou, neste caso Donald Trump pode se tornar o principal pacificador da Europa.
Neste contexto, finalizou Blokhin, o presidente dos EUA pode aspirar ao Prêmio Nobel da Paz, que no passado foi concedido ao seu "inimigo pessoal", o ex-presidente dos EUA Barack Obama.