Panorama internacional

Mídia revela as mentiras e propaganda do Ocidente sobre a suposta 'ameaça russa'

O jornalista e escritor Peter Hitchensa afirmou que há muito tempo se acostumou com a maneira como os governos mentem e fazem com que outros mintam por eles. Mas em recente artigo à mídia britânica declarou raramente ter visto a "avalanche de mentiras como a que enfrentamos agora".
Sputnik
Em um recente artigo no Daily Mail, o jornalista britânico Peter Hitchens escreve sobre como o Reino Unido está sendo enganado sobre o conflito ucraniano, comparando a situação com as mentiras sobre as alegadas "armas de destruição em massa" no Iraque.

Segundo Hitchens, "nunca tivemos um debate sobre a crise na Ucrânia, que começou do zero. Alguém no governo já lhe disse a verdade como, quando ou por que esta guerra começou? Não. Alguém no governo explicou por que o Reino Unido, devastado pelo crime, decrépito, coberto de lixo, infestado de ratos e falido, teve que se envolver nisso? Nunca."

A tese do jornalista é que o Ocidente tem sido constantemente alimentado por "propaganda enganosa sobre democracia, liberdade e uma ameaça russa inventada". Hitchens argumenta que o presidente russo Vladimir Putin pediu ao Ocidente que parasse de empurrar a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) para o Leste Europeu, em direção à Rússia.
Para o jornalista, quando a OTAN, em 1999, abandonou sua postura defensiva e lançou ataques à Iugoslávia – que não havia atacado um membro da aliança, em fevereiro de 2007, Putin fez um discurso em Munique no qual disse que a expansão da OTAN era "uma provocação séria que reduz o nível de confiança mútua". Na ocasião, diversos meios de comunicação britânicos chamaram a atenção para a situação delicada. Mas a forma como o Ocidente contou a história continuou a alimentar uma imagem de uma Rússia ameaçadora.
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Desde então, um relatório apoiado pela União Europeia (UE) afirmou que a Geórgia iniciou a guerra contra a Rússia em 2008, e não o contrário, e segundo Hitchens, poucos foram os veículos ocidentais que deram espaço para essa informação.
Apesar de se reconhecer crítico do presidente russo, o jornalista também aproveita para desfazer a alegação de que se trata de uma de uma luta pela democracia e liberdade.

"O presidente eleito da Ucrânia foi deposto ilegalmente por uma multidão em 2014. O Reino Unido e os EUA toleraram esse evento vergonhoso porque preferiram os rebeldes ao governo eleito", afirma Hitchens, dizendo que não se pode simplesmente fazer isso e fingir ser o guardião da democracia, lembrando que o silêncio do Ocidente sobre aquilo que lhe é inconveniente vem sendo o cerne da narrativa da mídia ocidental.

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