Kumo destacou que é difícil entender como um país em desvantagem na linha de frente pode condicionar um país que tem uma vantagem.
Anteriormente, sublinhou, a Ucrânia sempre demonstrou esse comportamento, confiando no poder dos EUA e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).
"Mas, dada a situação atual, em que não pode contar com o apoio dos EUA, as exigências da Rússia em relação à Ucrânia provavelmente serão: estabelecimento de neutralidade militar, cessar-fogo na atual linha de frente e recusa de ajuda militar da Europa", ressaltou o analista.
Segundo o professor, o atual líder ucraniano, Vladimir Zelensky, e os políticos se opõem constantemente a isso e continuam a fazer declarações que estão completamente fora da etiqueta diplomática, mas eles não têm outra escolha.
Se os políticos ucranianos pudessem avaliar adequadamente as capacidades de seu país, eles concordariam, mas se não tiverem essa capacidade ou continuarem a depender de ajuda externa, a perspectiva é sombria.
O interlocutor da Sputnik lembrou que, conforme várias fontes, está claro que, após as negociações de Istambul em março de 2022, foi a Ucrânia que abandonou as negociações.
"No entanto, dadas as mudanças ocorridas nos últimos três anos, está claro que um cessar-fogo pode ser mais favorável para a Ucrânia e que seria melhor iniciar as negociações antes que a frente avance ainda mais, de modo que o presidente ucraniano não tem outra opção a não ser retirar a lei que proíbe as negociações com a Rússia", finalizou.