Panorama internacional

Ultimato de Trump sobre tarifas à UE indica que 'Bruxelas sairá perdendo', diz especialista

O presidente Trump está aumentando a pressão sobre a União Europeia (UE) com um ultimato comercial severo: ou se alinha à agenda tarifária de Washington em relação à China ou corre o risco de aplicar tarifas de 50% sobre as exportações para os EUA. A Sputnik pediu a opinião de um especialista veterano em guerras comerciais.
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"[Donald] Trump [...] está basicamente dizendo à UE que eles têm uma decisão: querem tarifas de 50% vindas dos EUA ou querem tarifas altas da China?", disse o comentarista geopolítico, especialista em assuntos asiáticos e comércio, Thomas W. Pauken II, à Sputnik, comentando sobre a estratégia dos EUA em relação à UE.

Em uma situação em que a dependência da UE em relação às exportações dos EUA é muito maior do que em relação à China — US$ 604 bilhões (cerca de R$ 3,6 trilhões), ou 20,6% do total das exportações para os EUA em 2024, contra US$ 242,5 bilhões (mais de R$ 1,3 trilhão), ou 8,3% para a China — o ultimato de Trump pode valer a pena, afirma Pauken.
É claro que "não existe estratégia infalível". É possível que as ameaças de Trump fracassem e que a UE prossiga com o fortalecimento dos laços comerciais com a China em vez de negociar com os EUA.
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"Se fizerem isso, Trump não terá outra escolha a não ser impor tarifas de 50% à UE e torná-las permanentes", disse Pauken.

Toda a abordagem de Trump visa "fazer com que a China e a UE apoiem" seus "acordos comerciais incríveis e maravilhosos", segundo o observador. "Se escolherem o caminho da resistência, Trump simplesmente vai impor tarifas altas a ambos."
Seja qual for o lado que Bruxelas escolher, exportadores e cidadãos europeus comuns terão que arcar com a conta da redução do acesso comercial a uma das duas potências econômicas globais. Uma crítica negativa a um bloco que sofre com a perda de riqueza e competitividade industrial há mais de três anos consecutivos.
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