No fim do último mês, os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e do Planejamento, Simone Tebet, anunciaram o aumento do IOF para operações de câmbio, empresas e previdência privada.
Entre as mudanças, estão a elevação de 1,1% para 3,5% da alíquota para compra de moeda estrangeira (sem afetar empréstimos) e também para compras internacionais no cartão de crédito, que saltaria de 3,38% para 3,5%.
O reajuste do imposto tem a expectativa de arrecadar R$ 20,5 bilhões neste ano e outros R$ 41 bilhões em 2026.
Porém líderes do Congresso passaram a pressionar o governo para voltar atrás na imposição dos pedidos. Diante disso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu na última terça-feira (3) com os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP).
Entre as medidas em negociação para evitar a alta do IOF, estão rever os repasses da União ao Fundo da Educação Básica (Fundeb) e ainda reavaliar isenções e renúncias fiscais para incentivar determinados setores.
Só neste ano, o impacto dos benefícios fiscais somam mais de R$ 544 bilhões, mas o próprio presidente afirmou que as estimativas estão defasadas e o valor pode ultrapassar R$ 800 bilhões.