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Fávaro diz que Brasil controla gripe aviária e negocia fim de embargos (VÍDEO)

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, afirmou nesta quarta-feira (4), em coletiva de imprensa, que o caso de gripe aviária registrado em Montenegro (RS) "não saiu da granja para fora".
Sputnik
Segundo ele, que comparou a situação brasileira à dos Estados Unidos, o Brasil conseguiu conter o foco com eficiência, o que "atesta a qualidade do sistema sanitário".
Fávaro destacou que a granja de Montenegro foi desinfectada em 22 de maio e que, se não houver novos focos até o fim dos 28 dias previstos por protocolo internacional, o Brasil poderá se autodeclarar livre da gripe aviária. "Já se passaram 14 dias. Se não tem animal morrendo, o foco foi contido. É a questão protocolar de aguardar os outros 14", afirmou.

"Esse vírus é muito letal às aves. Em quatro ou cinco dias, não sobraria um animal vivo. Já estamos a 14 dias da desinfecção."

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Impacto nas exportações

Segundo a pasta, 21 países têm suspensão total das exportações de carne de aves do Brasil, incluindo China, África do Sul, Uruguai, Argentina, Índia e Paquistão, além da União Europeia (UE).
A União Econômica Euroasiática (UEE), que inclui a Rússia, além de outros 13 países, têm suspensão restrita apenas ao estado do Rio Grande do Sul. Outros quatro países limitaram apenas o município gaúcho de Montenegro.

"A negociação começou porque houve sinalização da contraparte. Por protocolo, temos que aguardar 28 dias. Não posso pedir a um país que reduza a restrição antes disso", explicou.

Segundo o ministro, já houve avanços com China, UE, México, Coreia do Sul e Iraque para retomar negociatas. "A União Europeia encaminhou um questionário, que já respondemos. A expectativa é de que reduzam a restrição comercial. China, México, Iraque e Coreia do Sul também iniciaram tratativas. África do Sul e dezenas de outros países estão conversando com o Brasil."
Fávaro destacou que não há risco de contágio a partir dos casos identificados em animais silvestres. "Hoje são 169 casos de animais silvestres confirmados nos últimos dois anos, como o do Zoológico de Brasília. Esses casos não impactam o comércio internacional, mas são importantes para monitoramento, já que o vírus chega ao país por aves migratórias."
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Como está a situação da gripe aviária no Brasil?

O ministro ressaltou que o governo está atuando com "total transparência", tanto para o mercado interno quanto para os compradores internacionais. "Nosso papel está sendo de total transparência das ações, dos casos, das investigações, do processo passo a passo", declarou.
Ele também apontou que o Brasil mantém estado de emergência e continua a expandir a vigilância.

"Todo e qualquer indício de contaminação, seja em animal silvestre, doméstico ou de criação comercial, está sendo investigado. É assim que vamos manter a confiança."

Sobre o caso mais recente em investigação, em Anta Gorda (RS), Fávaro disse que o resultado foi negativo. "Era o último caso de granja comercial em análise. Todos os oito casos atuais sob investigação são em aves não comerciais."

Queda de preços e impacto no mercado interno

Questionado sobre a queda de aproximadamente 10% no preço do frango no mercado interno após o caso em Montenegro, Fávaro reconheceu o impacto e afirmou que a equipe técnica acompanha a situação.
"Temos informação de que há impacto, mas o sistema produtivo brasileiro é robusto. Estamos dialogando com o setor produtivo e monitorando o mercado."
O ministro também anunciou que, na próxima sexta-feira (7), o Brasil receberá o certificado de país livre de febre aftosa sem vacinação, durante cerimônia na França. "É um marco histórico para o agro brasileiro, após 64 anos de luta. Muda o status sanitário e abre novas oportunidades comerciais não só para a pecuária bovina, mas também para a caprinocultura e suinocultura."
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