"Na medida em que a Ucrânia se tornou um aliado e ainda um elemento visual nessa luta contra a Rússia […], obviamente, os ucranianos não serão julgados na mesma medida que outros atores seriam [caso realizassem as mesmas ações]. Não vamos observar um julgamento de valor muito pesado sobre o que tem acontecido. Não vemos declarações sobre os ataques ucranianos contra a população civil, apenas a consideração de uma manobra, muitas vezes considerada até bem-sucedida."
Os impactos dos ataques terroristas nas negociações de paz
"Não parece que a OTAN esteja visando o fim desse conflito. Vemos cada vez mais os países europeus se preparando para uma possível escalada da violência no continente europeu, e eu diria que o aumento do fornecimento de armas em 2025 [para a Ucrânia] é uma forma muito clara de escalada. Temos um momento em que a Europa parece elevar sua narrativa de ajuda, mas que pode ser interpretada pela Rússia como participação direta no conflito […] e de também serem aliados de atos terroristas", analisa Branco, que vê como arriscada a elevação do tom em meio às negociações.
Cessar-fogo ou reorganização ucraniana em campo de batalha?
"E nós temos cada vez mais a elevação da violência dentro do território, tanto ucraniano quanto russo, ao mesmo tempo que esses líderes têm tentado se encontrar. É muito provável que a gente não veja um processo de paz acontecendo, pelo menos no curto prazo", considera.