Por meio de uma ordem de restrição temporária, a juíza Allison Burroughs suspendeu os efeitos da proclamação de Trump até que o caso seja julgado.
De acordo com a decisão, a diretriz de Trump de proibir a entrada desses estudantes no país pelos próximos seis meses causaria "dano imediato e irreparável" antes da análise do caso pela Justiça. A suspensão ocorreu horas depois de Harvard entrar com ação judicial contra a medida:
"A medida nega a milhares de estudantes da Harvard o direito de vir a este país para buscar sua educação e seguir seus sonhos, e nega à Harvard o direito de ensiná-los. Sem seus estudantes internacionais, Harvard não é Harvard", afirmou a universidade no processo.
A ordem bloqueada determinava ainda que o Departamento de Estado dos EUA considerasse a revogação de vistos acadêmicos ou de intercâmbio de qualquer estudante que se enquadrasse nos critérios definidos na proclamação como ameaças.
A juíza já havia bloqueado a medida do governo que proibia Harvard de matricular estudantes internacionais, que, segundo a universidade, representam mais de um quarto do corpo discente.
Na primeira ação contra a primeira medida para restringir estudantes estrangeiros, apresentada em 23 de maio, Harvard chamou a iniciativa de "retaliação clara" por sua recusa às demandas políticas ideologicamente enraizadas do governo.
O governo Trump e a universidade iniciaram uma batalha judicial sobre financiamento e a proibição de matrículas em meados de maio. Preocupações com a segurança nacional é a justificativa do governo para a medida.
Ele também acusa Harvard de ser conivente com estudantes que praticaram suposto antissemitismo durante os protestos e acampamentos da primavera de 2024 contra a ofensiva militar de Israel na Faixa de Gaza.
Junto com essa medida, o secretário de Estado Marco Rubio anunciou recentemente que lançaria uma retirada "agressiva" de vistos para estudantes da China.