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Após declarações antissemitas, reitora de Harvard sofre pressão e renuncia ao cargo
Após declarações antissemitas, reitora de Harvard sofre pressão e renuncia ao cargo
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Claudine Gay, então reitora da Universidade de Harvard, renunciou ao cargo nesta terça-feira (2). A acadêmica estava sob pressão há semanas, após reações... 02.01.2024, Sputnik Brasil
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Gay, primeira mulher negra a ocupar o posto em Harvard, publicou uma carta anunciando a decisão no site da instituição. No comunicado, ela disse que, após conversas com colegas, "ficou claro que é do interesse de Harvard que eu renuncie para que nossa comunidade possa navegar esse momento de desafios extraordinários com foco na instituição, em vez de no indivíduo."A acadêmica escreveu ainda que "tem sido angustiante" duvidar dos próprios compromissos como "enfrentar o ódio e defender o rigor acadêmico" em meio a ataques e ameaças alimentadas por preconceito racial. Ela também enfrenta acusações de plágio em sua carreira na academia.O episódio que criou o clima de pressão para Gay aconteceu em dezembro do ano passado quando, junto com outras duas reitoras — Liz Magill, da Universidade da Pensilvânia, e Sally Kornbluth, do MIT, o Instituto de Tecnologia de Massachussets — participaram de uma audiência na Câmara dos EUA sobre antissemitismo.O comitê criado para investigar o antissemitismo nas universidades, sobretudo em um período de escalada do conflito entre Israel e o Hamas, queria saber sobre a atuação das instituições em casos de preconceito religioso.Durante a audiência, as reitoras teriam se recusado a responder uma pergunta objetiva feita por uma congressista republicana questionando se pedir o genocídio de judeus violaria ou não códigos de conduta das universidades.Quando perguntada pela deputada Elise Stefanik se, "em Harvard,, pedir o genocídio de judeus viola as regras sobre bullying e assédio? Sim ou não?", Gay teria dito que dependeria do contexto, e acrescentou: "Retórica antissemita, quando se transforma em conduta que constitui bullying, assédio e intimidação, é uma conduta passível de ação e tomamos medidas." A resposta causou furor nas redes sociais.Mesmo diante da pressão, Gay foi mantida no cargo pelo conselho de Harvard. Entretanto, as pressões continuaram e a então reitora decidiu renunciar o cargo no começo deste ano. Mary Elizabeth Magill também renunciou ao cargo na Universidade da Pensilvânia no mês passado.Em Harvard, Alan M. Garber assume interinamente até a escolha de um novo reitor. Em seu comunicado, Gay afirmou que vai retornar ao corpo docente e dar continuidade às atividades de ensino e pesquisa.
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Após declarações antissemitas, reitora de Harvard sofre pressão e renuncia ao cargo
21:36 02.01.2024 (atualizado: 22:37 02.01.2024) Claudine Gay, então reitora da Universidade de Harvard, renunciou ao cargo nesta terça-feira (2). A acadêmica estava sob pressão há semanas, após reações negativas em relação à sua declaração sobre antissemitismo em uma audiência no Congresso norte-americano.
Gay, primeira mulher negra a ocupar o
posto em Harvard, publicou uma carta anunciando a decisão no site da instituição. No comunicado, ela disse que, após conversas com colegas, "ficou claro que é do interesse de Harvard que eu renuncie para que nossa comunidade possa navegar esse momento de desafios extraordinários com foco na instituição, em vez de no indivíduo."
A acadêmica escreveu ainda que "tem sido angustiante" duvidar dos próprios compromissos como "enfrentar o ódio e defender o rigor acadêmico" em meio a ataques e ameaças alimentadas por preconceito racial. Ela também enfrenta acusações de plágio em sua carreira na academia.
O episódio que criou o clima de pressão para Gay aconteceu em dezembro do ano passado quando, junto com outras duas reitoras — Liz Magill, da Universidade da Pensilvânia, e Sally Kornbluth, do MIT, o Instituto de Tecnologia de Massachussets — participaram de uma audiência na
Câmara dos EUA sobre antissemitismo.
O comitê criado para
investigar o antissemitismo nas universidades, sobretudo em um período de escalada do conflito entre Israel e o Hamas, queria saber sobre a atuação das instituições em casos de preconceito religioso.
Durante a audiência, as reitoras teriam se recusado a responder uma pergunta objetiva feita por uma congressista republicana questionando se pedir o genocídio de judeus violaria ou não códigos de conduta das universidades.
Quando perguntada pela deputada Elise Stefanik se, "em Harvard,, pedir o genocídio de judeus viola as regras sobre bullying e assédio? Sim ou não?", Gay teria dito que dependeria do contexto, e acrescentou: "Retórica antissemita, quando se transforma em conduta que constitui bullying, assédio e intimidação, é uma conduta passível de ação e tomamos medidas." A resposta causou furor nas redes sociais.
31 de dezembro 2023, 01:40
Mesmo diante da pressão, Gay foi mantida no cargo pelo conselho de Harvard. Entretanto, as pressões continuaram e a então reitora decidiu renunciar o cargo no começo deste ano. Mary Elizabeth Magill também renunciou ao cargo na Universidade da Pensilvânia no mês passado.
Em Harvard, Alan M. Garber assume interinamente até a escolha de um novo reitor. Em seu comunicado, Gay afirmou que vai retornar ao corpo docente e dar continuidade às atividades de ensino e pesquisa.