Postos diplomáticos ao redor do mundo foram orientados a retomar o processamento de vistos para estudantes e visitantes de intercâmbio da instituição, após uma juíza suspender a mais recente tentativa do presidente Donald Trump de impedir a entrada de alunos estrangeiros.
Na semana passada, embaixadas e consulados foram instruídos a recusar os pedidos de visto de estudantes e pesquisadores com destino a Harvard. Porém, na última sexta-feira (6), a juíza Allison Burroughs suspendeu, por meio de uma ordem de restrição temporária, os efeitos da proclamação de Trump até que o caso seja julgado.
"Com efeito imediato, as seções consulares devem retomar o processamento dos vistos de estudantes e visitantes de intercâmbio da Universidade de Harvard. […] nenhuma dessas solicitações deve ser recusada", diz a diretriz assinada pelo secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio.
Entretanto, a universidade de Harvard já havia informado à juíza Burroughs que solicitantes de visto para a universidade estavam encontrando dificuldades antes mesmo da proibição, na semana passada.
De acordo com a decisão da magistrada, a diretriz de Trump — de proibir a entrada dos estudantes no país pelos próximos seis meses — causaria "dano imediato e irreparável" antes da análise do caso pela Justiça.
O governo Trump e a universidade iniciaram uma batalha judicial sobre financiamento e proibição de matrículas em meados de maio. Preocupações com a segurança nacional foram a justificativa do governo para a proibição dos vistos.
O presidente dos EUA acusa Harvard de ser conivente com estudantes que praticaram suposto antissemitismo durante protestos e acampamentos contra a ofensiva militar de Israel na Faixa de Gaza.
Marco Rubio também anunciou recentemente que lançaria uma retirada "agressiva" de vistos de estudantes da China, sob a justificativa de proteger o país de possível espionagem.