Panorama internacional

Israel pressiona Egito a barrar caravanas pró-Palestina rumo à Gaza; país fica em cima do muro

As caravanas partiram da Tunísia no início da semana com o objetivo de pressionar Israel a encerrar o bloqueio total na Faixa de Gaza. Conforme a Organização das Nações Unidas (ONU), toda a população do enclave vive em situação de fome extrema.
Sputnik
O governo israelense solicitou nesta quarta-feira (11) o bloqueio de duas caravanas com ativistas pró-Palestina que seguem rumo à passagem de Rafah, que fica na fronteira do país com a Faixa de Gaza. A declaração ocorreu após o grupo, que pretende romper o bloqueio na região, chegar à capital da Líbia.

"Espero que as autoridades egípcias impeçam a chegada de manifestantes à fronteira Egito-Israel e não permitam que realizem provocações ou tentem entrar em Gaza", declarou o ministro da Defesa, Israel Katz, que pontuou que as iniciativas colocam "em risco a segurança dos soldados e não serão permitidas".

Em meio à pressão israelense, o Egito declarou apoio às iniciativas contra o bloqueio total imposto pelo país à população da Faixa de Gaza. Porém, o Cairo ressaltou que é necessário autorização prévia para ingressar na área de fronteira.

"As visitas à passagem de Rafah são organizadas de acordo com o mecanismo e as regras estabelecidos, incluindo solicitações prévias por meio de embaixadas estrangeiras no Cairo ou representantes de organizações. Essas regras se aplicam a todos os visitantes, tanto egípcios quanto estrangeiros, a fim de garantir a segurança e facilitar o trabalho das estruturas humanitárias", informou o Ministério das Relações Exteriores egípcio.

A chancelaria ainda acrescentou que apoia "os direitos legítimos do povo palestino e exige a abertura de todos os pontos de passagem para ajuda humanitária".
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Caravanas contra a atuação de Israel em Gaza

Na última segunda-feira (9), caravanas com carros e motos deixaram a Tunísia, no Norte da África, com destino à Faixa de Gaza na tentativa de pressionar o governo do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, a suspender o bloqueio total contra o enclave.
O chamado Comboio da Resiliência reúne cerca de 2 mil participantes, entre políticos tunisianos, ativistas de direitos humanos, médicos e jornalistas.
Já no fim de semana, 12 ativistas que estavam a bordo da embarcação Madleen, também rumo à Gaza, foram interceptados pelas Forças de Defesa de Israel (FDI) e levados ao país, de onde devem ser deportados para seus locais de origem. O barco levava mantimentos, remédios e água para as vítimas da guerra promovida por Israel desde outubro de 2023.
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Entre os detidos estão a ativista sueca Greta Thumberg e o brasileiro Thiago Ávila, integrantes do grupo Flotilha da Liberdade. A última atualização do Ministério das Relações Exteriores do Brasil informou que Ávila se recusou a ser imediatamente deportado e, por isso, seguiu para um centro de detenção.
O governo brasileiro ressaltou ainda que o veleiro Madleen foi interceptado em águas internacionais pelas forças israelenses, o que vai contra o que está previsto no direito internacional.

"Ao reiterar sua firme condenação à interceptação em águas internacionais por forças israelenses da embarcação Madleen, em flagrante transgressão ao direito internacional, o Brasil clama pela libertação de seu nacional e insta Israel a zelar pelo seu bem-estar e sua saúde", finalizou.

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