Segundo informações veiculadas pela Al Jazeera, entre os mortos estão "dezenas de pessoas famintas em busca de ajuda", enquanto Israel continua a bombardear "implacavelmente o território sitiado, com o número total de mortos na guerra ultrapassando impressionantes 55 mil pessoas".
O Ministério da Saúde de Gaza informou que 57 pessoas que tentavam obter ajuda foram mortas e mais de 363 ficaram feridas desde a manhã desta quarta-feira (11).
Caravanas contra a atuação de Israel em Gaza
Na última segunda-feira (9), caravanas com carros e motos saíram da Tunísia, no Norte da África, com destino à Faixa de Gaza, na tentativa de pressionar o governo do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, a suspender o bloqueio total contra o enclave.
O Comboio da Resiliência reúne cerca de 2 mil participantes, entre políticos tunisianos, ativistas de direitos humanos, médicos e jornalistas.
Já no fim de semana, 12 ativistas que estavam a bordo da embarcação Madleen, também rumo a Gaza, foram interceptados pelas Forças de Defesa de Israel (FDI) e levados ao Estado judeu, de onde devem ser deportados para seus locais de origem. O barco levava mantimentos, remédios e água para as vítimas da guerra promovida pelo país desde outubro de 2023.
Entre os detidos estão a ativista sueca Greta Thunberg e o brasileiro Thiago Ávila, integrantes do grupo Flotilha da Liberdade. A última atualização do Ministério das Relações Exteriores do Brasil informou que Ávila se recusou a ser imediatamente deportado e, por isso, seguiu para um centro de detenção.
O governo brasileiro ressaltou ainda que o veleiro Madleen foi interceptado em águas internacionais pelas forças israelenses, o que vai contra o que está previsto no direito internacional.
"Ao reiterar sua firme condenação à interceptação em águas internacionais por forças israelenses da embarcação Madleen, em flagrante transgressão ao direito internacional, o Brasil clama pela libertação de seu nacional e insta Israel a zelar pelo seu bem-estar e sua saúde", finalizou.