Durante a sessão, os deputados Nikolas Ferreira (PL-MG) e Carlos Jordy (PL-RJ) questionaram Haddad, acusando o governo de Luiz Inácio Lula da Silva de promover uma "gastança" ao elevar a carga tributária e, mesmo assim, apresentar déficits nas contas públicas.
Haddad reagiu de forma contundente e criticou a ausência dos parlamentares no momento da tréplica, chamando o comportamento de "molecagem".
"Agora aparecem dois deputados, fazem as perguntas e correm do debate. Nikolas sumiu? […] fez só para aparecer. Pessoas falaram, agora tenha maturidade. E corre daqui, não quer ouvir explicação, quer ficar com o argumento dele. Não quer dar chance de o diálogo fazer ele mudar de ideia", declarou o ministro.
Segundo ele, "esse tipo de atitude não é boa", pois compareceu à Casa para discutir ideias. Haddad acrescentou que esse comportamento, de quem só busca visibilidade nas redes sociais e depois se retira, representa "um pouco de molecagem" e prejudica o ambiente democrático.
Na sequência, Haddad tratou dos pontos levantados sobre o aumento de impostos e o desequilíbrio fiscal no governo Lula, que contrastam com o superávit de R$ 54 bilhões registrado no último ano da gestão Bolsonaro, em 2022.
Depois de ter deixado o plenário, o deputado Carlos Jordy retornou à sessão, solicitou o direito de resposta e respondeu ao ministro, também em tom ríspido.
"Eu estava em outra comissão. O ministro nos chamou de moleque. Moleque é você, ministro, por ter aceitado um cargo dessa magnitude e só ter feito dois meses de [faculdade de] economia. Moleque é você, por ter feito o nosso país ter o maior déficit da história. Governo Lula é pior do que uma pandemia", declarou o parlamentar.