Segundo pronunciamento divulgado pelo Kremlin, Putin enfatizou que a Rússia busca a conciliação entre as partes e condenou a ofensiva de Tel Aviv. De acordo com o texto, as ações desta madrugada violam a Carta das Nações Unidas e o direito internacional.
Putin também destacou que é necessário retomar as negociações sobre o programa nuclear do Irã.
"O lado russo apoiou totalmente os esforços para resolver a situação em torno do programa nuclear iraniano de forma pacífica e apresentou iniciativas específicas visando encontrar acordos mutuamente aceitáveis. A Rússia continuará a contribuir para a redução da tensão no conflito entre Irã e Israel", afirmou o Kremlin.
O líder russo também prestou condolências ao líder iraniano e ao povo do país pelas mortes causadas pelos bombardeios.
Segundo os números divulgados por autoridades do Irã e pela imprensa local, ao menos 90 pessoas morreram nos ataques e mais de 300 ficaram feridas em diferentes localidades.
A Rússia continuará mantendo contato com Israel e Irã visando resolver a situação atual, que está "cheia de consequências desastrosas", disse o Kremlin.
Altos diplomatas preocupados
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, e seu colega dos Emirados Árabes Unidos, Abdullah bin Zayed Al Nahyan, expressaram em uma conversa por telefone sua preocupação com o ataque de Israel ao Irã e sua esperança em um rápido alívio da tensão na região, reafirmando a prontidão de seus países em trabalhar para uma resolução pacífica, disse a chancelaria russa nesta sexta-feira (13).
"A situação de crise que se desenvolve no Oriente Médio foi discutida durante a conversa. Os dois ministros expressaram extrema preocupação com a operação militar de Israel contra o Irã, em violação ao direito internacional e às disposições da Carta da ONU, e se manifestaram a favor de um rápido alívio da tensão na região", diz o texto do MRE russo.