"Este é um conflito no qual os EUA devem evitar se envolver demais. É um conflito em que o nosso apoio incondicional a Israel pode fazer com que os países comecem a questionar nossa liderança global", disse Rasmussen.
O ex-militar expressou preocupação de que, ao atacar o Irã, Israel possa atrair os EUA de forma mais direta para o conflito e mudar o regime em Teerã.
"Este ataque unilateral em meio às negociações em andamento não é bom para Israel nem para os EUA. De certa forma, parece que os EUA, após alterarem suas exigências para outras com as quais sabiam que o Irã não poderia concordar, induziram o Irã a um sentimento de complacência enquanto as discussões continuavam, mas essencialmente deram 'sinal verde' para seu representante, Israel, prosseguir com o ataque", disse o especialista.
Rasmussen alertou que o novo conflito entre Israel e Irã pode durar semanas, não dias, e se expandir para toda a região.
"Acredito que o contra-ataque do Irã foi mais do que Israel esperava", acrescentou.
Na madrugada da sexta-feira (13), Israel lançou uma operação contra o Irã e iniciou ataques em alvos estratégicos, acusando o país persa de implementar um programa nuclear militar secreto, que supostamente se aproximava de um ponto sem retorno.
O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, classificou o ataque como um crime e ameaçou Israel com um "destino amargo e terrível". O Irã retaliou lançando a operação Promessa Verdadeira 3, que atingiu alvos militares dentro de Israel.
Israel afirmou que os ataques iranianos mataram mais de 20 pessoas e feriram mais de 600. O Irã, por sua vez, confirmou que mais de 220 pessoas foram mortas e mais de 1.200 ficaram feridas em ataques israelenses.