Ele adiantou que o tipo de ataque ainda será determinado pelas forças militares do país persa.
"Mesmo agora, o Irã reserva seu pleno e legítimo direito, sob o direito internacional, de se defender contra essa flagrante agressão dos EUA e de seus aliados israelenses. O momento, a natureza e a escala da resposta proporcional do Irã serão decididos por suas forças armadas", disse Iravani durante uma reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre os ataques dos EUA contra o Irã.
O embaixador reiterou que o Irã passou por momentos difíceis na história e, portanto, desta vez também conseguiria superar os momentos difíceis.
Ele também acusou Israel de usar a diplomacia para enganar a comunidade internacional enquanto se preparava para um ataque ao Irã:
"O Irã estava se preparando para a próxima rodada de negociações diplomáticas com os Estados Unidos em 15 de junho, mas Israel atacou o Irã dois dias antes que essas negociações pudessem ocorrer. Na verdade, Israel decidiu destruir a diplomacia. A suposta oferta de diplomacia não passou de uma manobra enganosa para enganar a comunidade internacional", disse Iravani.
Em seu discurso na reunião o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, classificou as ações do governo dos EUA como uma "virada perigosa em uma região que já estava cambaleando".
"Desde o início da crise, condenei repetidamente qualquer escalada militar no Oriente Médio. O povo da região não pode suportar outro ciclo de destruição. Agora, corremos o risco de cair em retaliação após retaliação. Para evitar isso, a diplomacia deve prevalecer e os civis devem ser protegidos", afirmou ele.
Guterres afirmou que ações são necessárias "imediata e decisivamente" para interromper os conflitos e retomar as negociações sobre o programa nuclear iraniano.
Os EUA atacaram três instalações nucleares iranianas em Natanz, Fordow e Isfahan na noite de ontem (21). O ataque, segundo Washington, foi planejado para destruir ou enfraquecer seriamente o programa nuclear do Irã.