"Não é politicamente correto usar o termo 'mudança de regime', mas se o atual regime iraniano não é capaz de tornar o Irã grande novamente, por que não haveria uma mudança de regime???", disse Trump em sua página Truth Social.
O ataque ocorreu na noite de ontem (21) e foi anunciado por Trump nas redes sociais ao afirmar que os EUA haviam bombardeado com sucesso três instalações nucleares no Irã, entre elas, Fordow, a principal delas.
O bombardeio, segundo Washington, foi planejado para "destruir ou enfraquecer seriamente" o programa nuclear do Irã. O ataque foi classificado por Teerã como "bárbaro e criminoso". Após a ação, J.D. Vance, vice-presidente norte-americano, afirmou que os EUA não estão em guerra com o país persa.
O ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araghchi, afirmou que "a porta para a diplomacia deveria estar sempre aberta, mas agora não é o caso". A Organização de Energia Atômica do Irã disse que o desenvolvimento da indústria nuclear do Irã não será interrompido pelo episódio.
Segundo os números mais recentes, desde o início da ofensiva israelense no Irã, no dia 13 de junho, mais de 400 pessoas morreram e mais de 3 mil ficaram feridas no país. Do lado israelense, autoridades apontam pelo menos 25 mortos em ataques iranianos.
Países reagem aos ataques
Vários países condenaram os ataques norte-americanos contra o Irã, dentre eles o Brasil, a Rússia e a China.
Em nota, o Itamaraty classificou a ofensiva como uma violação da soberania iraniana e do direito internacional.
A chancelaria expressou "grave preocupação com a escalada militar" no Oriente Médio e afirmou que tanto os ataques norte-americanos quanto os israelenses contrariam a Carta das Nações Unidas e as normas da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). O Brasil reiterou seu apoio ao uso pacífico da energia nuclear e rejeitou qualquer forma de proliferação.