A ordem judicial emitida pela Corte Distrital de Boston determinava que o governo garantisse aos deportados sua segurança ao país de destino, especialmente em casos de envio para nações consideradas instáveis, como o Sudão do Sul.
Até a emissão da liminar, o Departamento de Segurança Interna (DHS, na sigla em inglês) havia acelerado desde fevereiro a deportação de estrangeiros condenados nos EUA para locais sem relação direta com os migrantes.
Organizações de defesa dos direitos humanos e de imigrantes entraram com ação judicial, em oposição ao que classificam como violação do direito ao devido processo legal.
A Casa Branca recorreu à Suprema Corte, que acatou o pedido logo depois de ter autorizado, em maio, o fim de programas humanitários que permitiam a permanência temporária de milhares de migrantes.
Protestos contra deportações
Milhares de pessoas saíram às ruas de Los Angeles e outras cidades norte-americanas há duas semanas para protestar contra as operações conduzidas pelo Serviço de Imigração e Controle de Alfândega (ICE, na sigla em inglês), especialmente na Califórnia — estado de importância econômica e cultural central para os EUA, sustentado há décadas por comunidades migrantes.
As manifestações levaram o governo do presidente Donald Trump a ordenar o envio de 4 mil integrantes da Guarda Nacional e centenas de fuzileiros navais. Autoridades da Califórnia classificaram as medidas como excessivas e até ilegais.
Na semana passada, os serviços de imigração e controle de alfândega receberam ordens para limitar batidas e prisões após os protestos.