"A Coreia do Sul passou por transformações dramáticas nos últimos meses, com a saída turbulenta do ex-presidente que tentou o golpe, situação que não seria nova na história da Coreia do Sul. Houve uma grande apreensão se o país conseguiria sair dessa instabilidade, já que o presidente interino precisou ser removido dias depois. Mas os sul-coreanos conseguiram reverter essa situação e elegeram um presidente em um pleito que funcionou corretamente dentro dos parâmetros internacionais", acrescenta Rubio.
Por que existem duas Coreias?
"Os norte-coreanos sempre cumpriram sua parte em acordos, mas os sul-coreanos sempre quebraram […]. As tensões causadas pela presença norte-americana também causaram um estresse militar e econômico muito grande, já que a Coreia do Norte precisou desenvolver rapidamente um programa nuclear e missilístico que todos sabemos ser caríssimo, fora a mobilização de tempos em tempos da população pelo risco de estourar uma guerra. Esse vai e vem causa muitos problemas", resume Rubio, que enfatizou ainda que Pyongyang é o país mais sancionado do mundo, inclusive pela Organização das Nações Unidas (ONU).
O que mudou em 70 anos de separação das Coreias?
"É até ilusório achar que toda a Coreia do Sul é muito desenvolvida economicamente, mas não é. [O país] é mostrado como uma atmosfera de modernidade, alta tecnologia, cultura vibrante e que olha para os norte-coreanos como os 'caipiras', só que essa é uma visão ruim que não condiz com a realidade. Apesar de não terem uma economia nem próxima em termos de números, a Coreia do Norte é um país avançado tecnologicamente. Todas as pessoas têm suas casas próprias, estão empregadas ou na escola. Não podemos falar o mesmo da Coreia do Sul, que não sofre nenhum tipo de bloqueio ou sanção internacional", finaliza.