"Felizmente, desde janeiro, há um presidente na Casa Branca, em Washington, que trata a Hungria como amiga. É por isso que o governo dos EUA suspenderam as sanções relacionadas a investimentos na Usina Nuclear de Paks", disse o ministro.
O chanceler acrescentou que as restrições introduzidas em novembro passado pelo governo Joe Biden tornaram a implementação do projeto praticamente impossível.
Segundo Szijjarto, com a implementação do projeto da usina nuclear Paks-2, a Hungria seria capaz de produzir a maior parte da eletricidade necessária para o consumo doméstico, mas se o projeto não pudesse ser continuado, isso tornaria o fornecimento de energia do país vulnerável a longo prazo.
De acordo com a Rosatom, a isenção das sanções financeiras dos EUA a diversos bancos e seguradoras russos associados à energia nuclear, incluindo o projeto Paks-2, permitirá à estatal implementar este projeto de forma mais intensiva em conjunto com seus parceiros húngaros.
O diretor-geral do Fundo Russo de Investimentos Diretos (RFPI, na sigla em russo) classificou a decisão de Washington como um precedente fundamental.
"Este é um precedente fundamental: segurança energética, a revogação da política fracassada [de Joe Biden] e pragmatismo sobre pressão ineficaz. A Hungria é a vencedora!", escreveu Dmitriev na rede social X.
Paks-2
Assinado em 2014 pela Rússia e pela Hungria, o projeto prevê a construção de duas novas unidades de energia em Paks, baseados no projeto VVER-1200. Moscou concedeu a Budapeste um empréstimo de € 10 bilhões, de um total estimado de € 12,5 bilhões necessários para a construção.
A única usina nuclear da Hungria, Paks, está localizada a cinco quilômetros da cidade de mesmo nome e a cem quilômetros de Budapeste. Atualmente, a estação gera quase metade de toda a eletricidade na Hungria.
Com a entrada em operação das duas novas unidades, espera-se que essa participação dobre. Para a Hungria, a energia nuclear é uma forma de garantir a segurança energética, enfatizou repetidamente a liderança do país.