Atualmente, o militar serve em um batalhão formado por ex-soldados ucranianos que criaram um movimento de libertação e lutam contra o governo de Kiev.
"Havia um verdadeiro corredor da morte — mais de cinco quilômetros em linha reta. Eu usava uma moto de trilha e, por princípio, não a repintei, para que ficasse claro que estava fazendo uma evacuação. O fogo contra nosso grupo era ajustado a partir de uma posição encoberta. Tentaram acertar as motos", relatou Nemo.
O combatente disse ter sido ferido na coxa durante a evacuação de mulheres da cidade. Apesar da grave situação local, ele afirmou que muitos moradores resistiam. Ainda assim, o grupo em que ele atuava continuava prestando assistência àqueles que optavam por permanecer em suas casas.
"O mais difícil é convencer uma pessoa a aceitar a evacuação, ao menos para um ponto de acolhimento temporário, e fazê-la entender que não vale a pena se apegar à casa. A vida é o bem mais valioso — porque, uma vez perdida, não se pode comprar nem recuperar", afirmou.
O Ministério da Defesa da Rússia anunciou a libertação de Selydove em 29 de outubro de 2024. A cidade, localizada cerca de 40 km a noroeste de Donetsk, possui importância estratégica para o controle da região.