"A diplomacia é uma via de mão dupla, e foram os EUA que romperam as negociações e recorreram à ação militar. Portanto, é essencial que esses erros sejam reconhecidos e que se observe um sinal claro de mudança de postura. Deve ser garantido que, no futuro, durante as negociações, os EUA não realizem um ataque militar", afirmou à mídia europeia.
Questionado se há negociações previstas com Washington nos próximos dias, o ministro afirmou que trocas diplomáticas estão sendo feitas por meio de intermediários, mas o formato das discussões pode mudar.
Segundo o chanceler, Teerã tem o direito de exigir compensações pelos danos causados pelos ataques dos EUA.
No último mês, Israel lançou uma operação contra o Irã, sob a justificativa de combater o programa nuclear militar secreto do país, que rejeitou as acusações e respondeu com ataques próprios.
Durante 12 dias, os dois lados trocaram bombardeios e, em 22 de junho, os Estados Unidos se juntaram aos israelenses e atingiram instalações nucleares iranianas. Teerã retaliou atacando a base aérea norte-americana de Al-Udeid, no Catar.
No dia seguinte, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou que Israel e Irã haviam concordado com um cessar-fogo para encerrar a guerra.