Nesta quarta-feira (16), o Exército israelense lançou ataques aéreos contra o Ministério da Defesa sírio e nos arredores do palácio presidencial na capital, Damasco, matando pelo menos três e deixando 34 feridos.
Um vídeo divulgado nas redes sociais mostra, a partir de um canal de TV sírio, explosões contra o Estado-Maior em Damasco.
Os ataques ocorrem depois que Israel ameaçou aumentar a ofensiva se as forças do governo sírio não forem retiradas do sul do país, onde há combates entre drusos e forças de segurança.
Desde o último fim de semana, a Síria tem sido palco de confrontos entre membros da comunidade drusa contra beduínos, que já deixaram mais de 30 mortos e dezenas de feridos.
Israel, que mantém laços com a comunidade drusa dentro e fora de suas fronteiras, vem lançando ataques contra posições das forças sírias que avançavam em direção à cidade de As-Suwayda.
O governo israelense declarou que seu objetivo é evitar danos aos drusos na Síria. As autoridades sírias, por sua vez, condenaram os bombardeios, chamando-os de violação de sua soberania e um ato de interferência em seus assuntos internos.
Recentemente, tropas sírias entraram na cidade de As-Suwayda, que é habitada predominantemente por drusos, a fim de limpar o território de grupos armados, segundo Damasco.
Em relação aos ataques que aconteceram mais cedo, Vasily Nebenzya, o representante da Rússia na ONU, chamou a ofensiva israelense de "inadmissível".